sexta-feira, 6 de agosto de 2010

AUSÊNCIA




Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

Carlos Drummond de Andrade

6 comentários:

Daniel Savio disse...

Mas é tão ruim termos motivos para ausência...

Fique com Deus, menina Déia Tariga.
Um abraço.

Jeferson Cardoso disse...

Déia, vir aqui em uma manhã com tempo para ler, e ler Drummond enquanto aprecio os seus slides, é algo delicioso. Parabéns! Muito lindo tudo aqui.

Abraço do Jefhcardoso do http://jefhcardoso.blogspot.com

Professora Marlene disse...

OI Déia,
ADOREI teu BLOG...
Bjss

Jeferson Cardoso disse...

Bom dia!
*Entre o sonho e a realidade eu prefiro a realidade que me permita sonhar. http://jefhcardoso.blogspot.com

Moisés de Carvalho disse...

adorei essa sua postagem . esse poema do drummond é uma maravilha !

beijão!

marinaCqm disse...

Ausência e falta,
linha tênue entre palavras,
entendimentos, percepções
e sentimentos.


Beijo, moça.
Obrigada por retribuir o comentário!

Estou lhe seguindo, bjs.

Ps.: Poste mais!!