Estamos acostumados com a velha desculpa:
Embora saibamos que nosso coração conhece a melhor decisão a tomar, nunca seguimos o que ele diz. Para compensar nossa covardia, terminamos nos convencendo de que ele estava enganado.
Uma bela história de Gibran ilustra até onde nos podem levar as limitações.
O Olho disse:
- Vejam que bela montanha temos no horizonte!
O Ouvido tentou escutá-la, mas não conseguiu.
A Mão falou:
- Estou tentando tocá-la, mas não a encontro.
O Nariz foi conclusivo:
- Não existe montanha, pois não sinto seu cheiro.
E todos chegaram a conclusão de que o Olho estava enganado.
Além dos desejos...
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Agradecimentos....
Sempre que você sentir necessidade de agradecer, agradeça a você também.
Egoísmo?
Não. É gratidão e reconhecimento com a única pessoa responsável por tudo que acontece com você.
Nada de bom ou ruim te acontece se você não permitir.
Achar culpados e heróis é perca de tempo, pense você é o responsável.....
Ah! E Deus? Não é ele que decide tudo? Sim, mas você decide de que forma ele vai agir em sua vida.
Você que decide se ele te oriente ou te pune.
Se você parar um pouco e analisar entenderás......
Podes me dizer não tenho sorte. Eu te pergunto, você joga? Você arrisca?
Se me disseres não progrido no trabalho. Pergunto você já procurou outro?
Assim é tudo na vida, você que é o responsável......
Portanto, quando deres um muito obrigado dirija-se a sua pessoa também,
pois se alguém te ajudou , foi você que deu oportunidade a ele.
E tenha também a mesma conduta ao procurar culpados para fatos que te ocorreram, pois foi também você quem deu a oportunidade.
Se pensarmos assim teremos um mundo mais justo e feliz, pois cada um iria se preocupar com seus atos e procurar fazer o melhor, para ter o melhor.
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Gr Bj!!!!!!!!!!!!!!!
domingo, 23 de janeiro de 2011
Um 2011 iluminado para todos nós!!!!!!!!!!!!!
Meu primeiro post do ano...quanto tempo não passo por aqui...confesso que esses dias passei para exclui este blog, pois já fazem alguns meses que não publico algo.
Como primeiro post do ano, vou então falar dele, mas antes falar um pouco do meu final de ano...
Meu final de ano foi maravilhoso...inesquecível o melhor de tantos anos que se passaram, depois de algum tempo ter perdido a essência de algumas coisas prazerosas que a vida tem a nos oferecer....Vem alguém e nos mostra que estava tudo errado e aquela essência que havíamos perdido renasce e nos faz muito feliz, aquele olhar triste reluz um brilho inesplicavel, do sorriso envergonhado surge a gargalhada. Enfim uma nota para o final de 2010...hmmm 11...foi maravilhoso. Mas como gostaria de afirmar que neste ano de 2011 tudo vai dar certo....ou continuar....
Juro que teria o maior prazer em dizer isso e acreditar que será assim, mas, infelizmente, não conhecemos todas as regras do jogo. E o certo e o errado também são relativos...
Faz parte da nossa caminhada um dia as coisas ficarem bem e em outros dias a vida apresentar desafios. Aliás, é isso que me incentiva continuar caminhando. Vejo para este ano mudanças ainda mais aceleradas e cheias de desafios, porém, não preciso olhar para isso com peso, nem ficar imaginando que os desafios serão ruins. Acho que preciso espantar de mim o desejo de estabelecer uma ordem dura, rígida, pesada e absoluta. Preciso aprender a ser mais leves pegando carona nesse impulso transformador para dar liberdade de Deus agir em minha vida. Aceitar a mudança é parte importante da conquista da felicidade, isso implica em saber lidar com um mundo sutil de sonhos, planos, desejos, gestação de idéias
Confesso que tenho certa dificuldade em assimilar essas mudanças e talvez até tenha uma forma antiga de ver as coisas quando afirmo que preciso de estabilidade. Porém, a fé não depende dessas referências externas, ao contrário depende de nós, de nosso contato com o divino e com o mundo espiritual. A fé nasce do nosso contato interior, da força do coração, e das conseqüentes atitudes e interações com o mundo a nossa volta. A fé se estimula a cada dia.
Isso me leva a pensar que a vida nova para o ano novo depende de nós, da nossa força interior de concretizar o bem nos baseando em olhar, observar, aceitar e aprender a lidar com o que temos.
Um dia, conversando com um amigo sobre a fé e a força de realização, ele comentou que a fé sem ação é morta. E agora complemento que a fé precisa de flexibilidade e aceitação das mudanças...
tenho que confessar que esse é um teste para mim, e que preciso muito praticar o mantra: "Entrego, confio, aceito e agradeço"!
Peço que Deus seja muito generoso e paciente com todos nós, porque muitas vezes a gente pede muita coisa, e até recebe, mas, sem paciência, como ver o bem de tudo o que nos acontece?
Assim, amado Deus, se nesse momento estás em mim e em cada uma das pessoas que está lendo o meu texto, peço de coração aberto: Paciência conosco, com nossos pedidos, com nossos medos, com nossos desejos mimados.
Tenho fé que alcançaremos um estado de maior luz e compreensão dos Seus passos, e que finalmente, alcançaremos a paz de aceitar os Seus desígnios com alegria e otimismo.
Amém.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
AUSÊNCIA
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade
domingo, 13 de junho de 2010
PENSAR É TRANSGREDIR
Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo.
Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser servida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido.
Cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: "Parar pra pensar, nem pensar!"
O problema é que quando menos se espera ele chega, o sorrateiro pensamento que nos faz parar. Pode ser no meio do shopping, no trânsito, na frente da tevê ou do computador. Simplesmente escovando os dentes.Ou na hora do sexo sem afeto, do desafeto, do rancor, da lamúria, da hesitação e da resignação.
Sem ter programado, a gente pára pra pensar...
Cada porta....
....Uma escolha
Muitas vão se abrir para um nada ou para algo absurdo.
Outras...Para um jardim de promessas...
Alguma, para a noite além da cerca...
Pensar pede audácia....
Pois refletir é transgredir...
Buscamos o atordoamento das mil distrações;
Corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas.
Quando o primeiro dever seria de vez em quando parar e analisar:
Quem a gente é...
O que fazemos com a nossa vida...
O tempo...Os amores...
E com as obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir, no sono...O sonho, que afinal nessa idade ainda é a vida.
Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar.
Se nos escondermos num canto escuro, abafando nossos questionamentos, não compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos.
Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história.
O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.
Viver, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada...
Eventualmente reprogramada...
Conscientemente executada...Muitas vezes, ousada.
Parece fácil: escrever a respeito das coisas é fácil...
Não é preciso realizar nada de espetacular, nem desejar nada excepcional. Não é preciso nem mesmo ser brilhante, importante, admirado.
Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança.
Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez.
Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim.
Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.
Sonhar....
Porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
...
Brida estava na praia com seu pai, em Dublin e ele pediu para ver se a temperatura da água estava boa. Ela estava com cinco anos, e ficou contente de poder ajudar; foi até à beira da água e molhou os seus pés.
“Coloquei os pés, está fria”, disse para ele.
O pai pegou-a no colo, caminhou com ela até a beira do mar, e, sem qualquer aviso, atirou-a dentro da água. Ela levou um susto, mas depois ficou contente com a brincadeira.
“Como está a água?”, perguntou o pai.
“Está gostosa”, respondeu.
“Então, daqui para a frente, quando você quiser saber alguma coisa, mergulhe nela.”
quarta-feira, 7 de abril de 2010
...
quarta-feira, 31 de março de 2010
Quase....
Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.
Sarah Westphal
segunda-feira, 29 de março de 2010
Estou sentindo falta...Saudades de alguém!!!
Alguém por enquanto oculto, não vale manifestos, por que ele nem lê meu blog...Alias nem sei que ele é! Digo que estou com saudade de namorar... De ser cortejada... De ter alguém do meu lado...Alguém que diga o quanto sou especial...Alguém que espera ansiosamente pela minha chegada...Alguém para festejar a felicidade, a paz, o sucesso, o amor...Alguém para passar os domingos, alguém para ir no cinema...Estou sentindo saudades do friozinho na barriga, estou com saudade de sentir saudade...Aiiii que saudade!!!!
Vai uma crônica da nossa grande escritora gaúcha Martha Medeiros, com mais detalhes do que estou sentindo falta!!
Dos Ficantes aos namoridos...
Se você é deste século, já sabe que há duas tribos que definem o que é um relacionamento moderno.
Uma é a tribo dos ficantes. O ficante é o cara que te namora por duas horas numa festa, se não tiver se inscrito no campeonato “Quem pega mais numa única noite”, quando, então, ele será seu ficante por bem menos tempo — dois minutos — e irá à procura de outra para bater o próprio recorde. É natural que garotos e garotas queiram conhecer pessoas, ter uma história, um romance, uma ficada, duas ficadas, três ficadas, quatro ficadas... Esquece, não acho natural coisa nenhuma. Considero um desperdício de energia.
Pegar sete caras. Pegar nove “mina”. A gente está falando de quê, de catadores de lixo? Pegar, pega-se uma caneta, um táxi, uma gripe. Não pessoas. Pegue-e-leve, pegue-e-largue, pegueeuse, pegue-e-chute, pegue-e-conte-para-os-amigos.
Pegar, cá pra nós, é um verbo meio cafajeste. Em vez de pegar, poderíamos adotar algum outro verbo menos frio. Porque, quando duas bocas se unem, nada é assim tão frio, na maioria das vezes esse “não estou nem aí” é jogo de cena. Vão todos para a balada fingindo que deixaram o coração em casa, mas deixaram nada. Deixaram a personalidade em casa, isso sim.
No entanto, quem pode contra o avanço (???) dos costumes e contra a vulgarização do vocabulário? Falando nisso, a segunda tribo a que me referia é a dos namoridos, a palavra mais medonha que já inventaram. Trata-se de um homem híbrido, transgênico.
Em tese, ele vale mais do que um namorado e menos que um marido. Assim que a relação começa, juntam-se os trapos e parte-se para um casamento informal, sem papel passado, sem compromisso de estabilidade, sem planos de uma velhice compartilhada — namoridos não foram escolhidos para serem parceiros de artrite, reumatismo e pressão alta, era só o que faltava.
Pois então. A idéia é boa e prática. Só que o índice de príncipes e princesas virando sapo é alta, não se evita o tédio conjugal (comum a qualquer tipo de acasalamento sob o mesmo teto) e pula-se uma etapa quentíssima, a melhor que há.
Trata-se do namoro, alguns já ouviram falar. É quando cada um mora na sua casa e tem rotinas distintas e poucos horários para se encontrar, e esse pouco ganha a importância de uma celebração.
Namoro é quando não se tem certeza absoluta de nada, a cada dia um segredo é revelado, brotam informações novas de onde menos se espera. De manhã, um silêncio inquietante. À tarde, um mal-entendido. À noite, um torpedo reconciliador e uma declaração de amor.
Namoro é teste, é amostra, é ensaio, e por isso a dedicação é intensa, a sedução é ininterrupta, os minutos são contados, os meses são comemorados, a vontade de surpreender não cessa — e é a única relação que dá o devido espaço para a saudade, que é fermento e afrodisíaco. Depois de passar os dias se vendo só de vez em quando, viajar para um fim de semana juntos vira o céu na Terra: nunca uma sexta-feira nasce tão aguardada, nunca uma segunda-feira é enfrentada com tanta leveza.
Namoro é como o disco “Sgt. Peppers”, dos Beatles: parece antigo e, no entanto, não há nada mais novo e revolucionário. O poeta Carlos Drummond de Andrade também é de outro tempo e é para sempre. É ele quem encerra esta crônica, dando-nos uma ordem para a vida: “Cumpra sua obrigação de namorar, sob pena de viver apenas na aparência. De ser o seu cadáver itinerante".
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